Comandante do Exército está sob investigação do MPM
Fonte: Folha de S. Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/poder/952167-comandante-do-exercito-vira-alvo-de-investigacao.shtml
General Enzo e outros sete oficiais
chefiaram departamentos que fizeram convênios com Dnit entre 2004 e
2009. Inquérito aponta fraudes em obras rodoviárias executadas pelos
militares. Nas últimas semanas, o Dnit teve quase toda a diretoria
afastada por ordem de DilmaO comandante do Exército, general Enzo
Martins Peri, e sete generais são investigados pela Procuradoria-Geral
de Justiça Militar sob suspeita de participar de fraudes em obras do
Exército.
Os oficiais comandaram o DEC
(Departamento de Engenharia e Construção) e o IME (Instituto Militar de
Engenharia) entre 2004 e 2009, período em que o Exército fez convênios
com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) para
obras em rodovias.
O general Enzo chefiou o DEC entre 2003 e
2007. Ele deixou o cargo para assumir o comando do Exército no governo
do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e foi mantido no posto pela
presidente Dilma Rousseff.
O grupo investigado inclui cinco
generais que comandaram o IME e dois que chefiaram o DEC depois do
general Enzo: os generais Marius Teixeira Neto, na reserva desde março, e
Ítalo Fortes Avena, hoje consultor militar da missão do Brasil na ONU.
A investigação foi aberta em maio pela
procuradora Geral de Justiça Militar, Cláudia Luz, para apurar se o
general Enzo e os outros que comandavam áreas envolvidas sabiam das
irregularidades.
A apuração foi um desdobramento de
inquérito anterior que identificou indícios de fraude em 88 licitações
do Exército para fazer obras do Ministério dos Transportes e apontou
desvios de recursos públicos de R$ 11 milhões.
À Folha, o Centro de Comunicação do
Exército diz que não tem conhecimento da investigação e que “não cabe à
Força e nem aos militares citados emitir qualquer tipo de
posicionamento”.
Criados para atender necessidades de militares, os batalhões de engenharia do Exército são convocados com frequência para acelerar obras.
Criados para atender necessidades de militares, os batalhões de engenharia do Exército são convocados com frequência para acelerar obras.
Somente do Dnit, que nas últimas semanas
teve quase toda a diretoria afastada por ordem de Dilma, o Exército
recebeu R$ 104 milhões nos últimos cinco anos.
As investigações mostram que um grupo
liderado por dois oficiais que coordenavam os convênios no IME, o
coronel Paulo Roberto Dias Morales e o major Washington Luiz de Paula,
criou seis empresas para entrar em concorrências do IME com dinheiro do
Dnit.
O major Paula teria movimentado mais R$ 1
milhão em sua conta em um ano e feito 14 viagens aos EUA no período em
que trabalhou com o Dnit.
Seis militares estão sendo processados
na Justiça Militar. Se condenados, poderão ser presos e expulsos da
corporação. Peças do processo foram encaminhadas à Justiça Federal para
que eles sejam processados ali também.
http://www1.folha.uol.com.br/poder/952167-comandante-do-exercito-vira-alvo-de-investigacao.shtml
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