Família de General processa Comissão da Verdade


A família do general Floriano Aguilar Chagas, incluído na lista das 377 pessoas mencionadas por violações de direitos humanos pela Comissão Nacional da Verdade, ajuizou ação de indenização por danos morais contra a União Federal.





Floriano - que morreu em 2011 - é mencionado em um trecho do relatório que aborda o sequestro em Buenos Aires de dois brasileiros que desapareceram nos anos de 1970. Na época, o general era adido do Exército na Embaixada do Brasil na Argentina.

A Comissão da Verdade investigou durante dois anos os crimes da ditadura militar (1964-1985) e entregou suas conclusões em dezembro de 2014. Estão responsabilizadas no relatório 181 pessoas que já morreram, incluindo os cinco presidentes do período.

Na petição inicial da ação indenizatória ajuizada contra a União, o advogado Amadeu de Almeida Weinmann – em nome dos familiares de Floriano – sustenta que a citação do nome do general é "caluniosa" e que a comissão não apresentou provas de crimes. A ação foi ajuizada na Justiça Federal de Porto Alegre.

Os cinco filhos do militar - incluindo um outro general do Exército - afirmam na ação que a menção ao pai no relatório lhes causou "estresse" e perturbações psicológicas. Também acusam a comissão "de remexer em um caso passado sepultado pela Lei da Anistia”, além de ter havido desrespeito à memória do militar falecido.

Para a família, houve apenas contatos do pai com agentes da inteligência argentina, citados no relatório. Esses contatos seriam apenas parte da rotina de trabalho dele em Buenos Aires e não confirmam nem configuram nenhum crime.

Os familiares pedem indenização em valor a ser estipulado judicialmente. Requerem também que o nome do general Floriano seja excluído do relatório.

Em dezembro, logo após a divulgação do relatório, o Clube Militar divulgou um comunicado em que pedia aos militares e/ou seus familiares medidas judiciais contra a comissão.

Fonte: http://www.espacovital.com.br/publicacao-31330-familia-general-processa-comissao-verdade

Comentários

  1. O governo PT abandonou as forças armadas e tenta mexer em casos que a lei da anistia encerrou.

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